segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Famílias têm dificuldade para perceber parente com bulimia em função da aparência


A bulimia nervosa é um distúrbio alimentar associado à anorexia nervosa, caracterizado por hábitos compulsivos, como a ingestão descontrolada de alimentos (hiperfagia) e posteriormente a indução do vômito, abuso de purgantes e prática exagerada de exercícios físicos.
O distúrbio não pode ser considerado o “oposto” da anorexia, já que os que sofrem de bulimia não se sentem magros e não desejam engordar. Na verdade, o paciente não quer engordar, mas não consegue conter o impulso de comer. E usa recursos extremos para eliminar o “excesso” ingerido.
A maioria acometida é do sexo feminino (apenas 10% dos pacientes são homens), com atividades relacionadas à moda, dança e atletismo. Ocorre com mais freqüência em moças entre 15 e 30 anos de idade.
Causas
A ênfase cultural na aparência física é apontada como um dos principais desencadeadores do distúrbio. Problemas psicológicos, relacionados à baixa auto-estima e identidade favorecem o desenvolvimento da doença. A bulimia também está associada a uma predisposição genética.
Sintomas
Na maioria das vezes, a família demora em perceber que um membro da família está com problemas, já que pessoas afetadas por este distúrbio alimentar costumam manter o peso ou até estar um pouco acima do peso ideal.
A característica principal é a necessidade compulsiva de comer, muitas vezes escondido, ou o desenvolvimento de estranhos rituais alimentares. Além disto, as pessoas acometidas pelo problema costumam fazer jejuns, estimular o vômito (o que leva a pessoa a ficar longos períodos no banheiro), usar laxantes e outros medicamentos para eliminar o que comeram e se submetem a exercícios físicos quase ininterruptamente. Costumam, também, esconder o corpo e evitam comer em público.
Para que seja diagnosticada como bulimia, as manifestações da doença devem ocorrer pelo menos duas vezes por semana, durante um período mínimo de três meses.
Episódios repetidos de auto-indução do vômito geram problemas no organismo, como ferimentos no esôfago, danos nas glândulas salivares e nos dentes. A perda de suco digestivo acarreta desequilíbrios no sangue, afetando o coração. O uso excessivo de medicamentos diuréticos ou laxantes resulta em constipações crônicas, hemorróidas e dores. A hiperfagia pode resultar em rompimento do estômago. Todos estas conseqüências podem levar à morte.
Tratamento
O tratamento da bulimia deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada por psicólogo, psiquiatra, nutricionista e assistente social. O paciente só é internado em casos de complicações clínicas decorrentes do distúrbio, risco de suicídio ou quando o tratamento ambulatorial não estiver produzindo resultados positivos.Os pacientes também podem usar psicofármacos para conter a compulsão alimentar, embora algumas pessoas apresentam remissão completa apenas com psicoterapias.
Prevenção
Não existem medicamentos nem métodos eficazes para prevenir patologias como a bulimia ou anorexia. Uma campanha mundial tenta, atualmente, lutar contra o problema, por meio de restrições de modelos muito magras em desfiles e valorização da saúde – modificando os atuais padrões de beleza. Outra medida que pode ajudar é a boa alimentação desde a adolescência.

2 comentários:

Lady Insane disse...

Obrigada pela visita guria!
pelo seu coment também percebo que as coisas não andam muito bem né?
fOrça sempre também xuxu!
qualquer coisa conta comigo!
bjO amore!

Ana Blues disse...

Linda, eu tive vários problemas no esôfago por miar, e mesmo não fazendo tão constantemente, minha família desconfia. Mas adorei a matéria, a gente sabe da verdade, mas lutar contra tudo isso é que é difícil.
Beijo enorme e te cuida.